sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CAMINHO


Sou  neste instante,
Paz, espírito, pensamento livre,
Pluma leve, solta ao sabor do vento, sigo por infinitos momentos;

Sou o presente em ritmo mutante, 
Não conheço o nada, posto que sou tudo;
E tudo é mais que o mundo e o sol distante,
É apenas o ser nada, apenas sonho errante;

Sou nas mãos do eterno a areia que escorre,
Sou a sementinha que na fenda morre;
Morro para o mundo, e logo sou o broto,
Subo em busca do cosmos por raízes fortes.

Abro em flor, perfume espalho pelo campo,
Crio em minha volta a fonte de harmonia;

Toco o viajor nas mãos em cortesia,
Doce mel nos lábios, sou sabor e encontro;

Sou enfim o sonho de criança livre, 
Sou tudo de bom, que em minha essência vive;
Sou o diamante oculto em meu escuro,
Que se fará dia, pois ainda é futuro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário