quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

SEM TÍTULO

Amar mais do que se é amado,
É dar luz e não ser visto,
Abrir portas mas ter o acesso fechado,
Dar flores e ficar com os espinhos;

Ser seu melhor mas nada melhora,
Receber com alegria mas ter que ir embora,
Fazer festa e não ser convidado,
Dar a mão mas ganhar de volta o costado;

É  acolher e ser ignorado,
Exaltar para ser humilhado,
Nada ser a quem dá tudo de si,
Pode crer - não se está nem aí.

Dizer te amo e ouvir silêncios doídos,
Chorar no escuro e ter seu pranto tolhido,
Não, você não é vitima do mal dos egos!
Apenas seu mundo é mal que vitima cegos.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

SONETO DA RESILIÊNCIA

Com o amor de quem espero,
Não mais conto como certo a vir,
Ainda que não negue esmero,
Fecho a porta sem a tranca a impedir;

Reergo o olhar e reenceto o passo,
Mantenho porém sua jóia escondida,
Não lanças mão e a leva como faço,
Pois só levas mediante seu abraço;

Ainda se me dizes quando te digo,
Ou do nada dizes se tens em ti,
Amor e desejo de dizer e fazer comigo;

Sofrer, como sol seca e cura,
Desfolha, ainda que não perca minha seiva,
E lembre, em mim achas se procura.






segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

ACRÓSTICO DO DESESPERO

E u sei que errado foi;
U sado a esmo feito confete em folia;

T enho no entanto doída carência,
E em ouvir de ti ainda que uma vez;

A o menos uma ultima em minha vida;
M ais que tudo pra me dar paz e saída,
O lhe a resposta clara aqui e em meu olhar.