domingo, 7 de março de 2010

CARROSSEL - Marco A. Bernardino


Mil gaivotas voam num passeio multicor,
Embalando arrastões e pescadores;
Como explicar a imagem livre que ficou?
Um espaço no coração de um homem;

Como um barco que partiu
Com destino ao nunca mais,
E levou junto toda ilusão,

E voltou num temporal,
Espalhado à beira-mar,
Qual a ave enfraquecida,
 Qual o sonho a se afogar

E o mundo vai girando ao seu redor, qual carrossel,
Numa existência tão cruel,
No sentido sempre inverso ao que seguia,
Sua própria emoção;

Muito além de onde o céu encontra o mar,
Alguém chamou,
E você voa mais além,
Onde morre o sentimento, e sem saída,
Se queimou a luz do sol...

Mais um novo dia, eu te espero sem pavor,
Na areia escrevo então seu nome;
Pra não expressar a mais do que o mar falou,
Para não gritar, saber por que estás tão longe!

Um espaço se abriu,
Na neblina em meio ao cais,
Dissipando toda aflição,
Retornando na canção
Qual pedaço que saiu,
Qual a ave que perdida,
Ao bando volta a se encontrar;

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