Mil gaivotas voam num passeio multicor,
Embalando arrastões e pescadores;
Como explicar a imagem livre que ficou?
Um espaço no coração de um homem;
Como um barco que partiu
Com destino ao nunca mais,
E levou junto toda ilusão,
E voltou num temporal,
Espalhado à beira-mar,
Qual a ave enfraquecida,
Qual o sonho a se afogar
E o mundo vai girando ao seu redor, qual carrossel,
Numa existência tão cruel,
No sentido sempre inverso ao que seguia,
Sua própria emoção;
Muito além de onde o céu encontra o mar,
Alguém chamou,
E você voa mais além,
Onde morre o sentimento, e sem saída,
Se queimou a luz do sol...
Mais um novo dia, eu te espero sem pavor,
Na areia escrevo então seu nome;
Pra não expressar a mais do que o mar falou,
Para não gritar, saber por que estás tão longe!
Um espaço se abriu,
Na neblina em meio ao cais,
Dissipando toda aflição,
Qual pedaço que saiu,
Qual a ave que perdida,
Ao bando volta a se encontrar;
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