terça-feira, 9 de janeiro de 2018

SONETO DA RESILIÊNCIA

Com o amor de quem espero,
Não mais conto como certo a vir,
Ainda que não negue esmero,
Fecho a porta sem a tranca a impedir;

Reergo o olhar e reenceto o passo,
Mantenho porém sua jóia escondida,
Não lanças mão e a leva como faço,
Pois só levas mediante seu abraço;

Ainda se me dizes quando te digo,
Ou do nada dizes se tens em ti,
Amor e desejo de dizer e fazer comigo;

Sofrer, como sol seca e cura,
Desfolha, ainda que não perca minha seiva,
E lembre, em mim achas se procura.






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