domingo, 18 de março de 2018

O ESPELHO NEGRO

Debaixo daquele teto,
Havia afeto;
Os olhos fixos na tela,
Miravam a janela,
Os dedos da mão ocupada,
Seguravam minha mão,
Havia o toque e o cheiro,
Em vez do olhar ao estrangeiro,
Que vê fotos e recebe amor declarado,
Afeto exportado;
Debaixo daquele teto,
A conexão dista de perto,
Inunda o deserto,
Mata o afeto semeado.

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